O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicialmente pelo economista Joseph Schumpeter, em 1950, mas nunca se falou tanto sobre o tema como agora. Tanto que há um Projeto de Lei tramitando no Senado que quer implantar a disciplina de empreendedorismo em nível fundamental, médio e superior.

Em nível superior, já são oferecidos cursos com ênfase em empreendedorismo, cujo foco é  formar indivíduos qualificados para inovar e modificar a sociedade e as organizações, influenciando o crescimento econômico.

Nesta semana, o Brasil recebe o maior evento global sobre empreendedorismo jovem, a Conferência mundial de Empresas Juniores – Junior Enterprise World Conference (JEWC), realizado a cada dois anos e que tem como objetivo desenvolver o Movimento Empresa Júnior (MEJ) em escala global (fonte Exame.com).

Quando estava lendo sobre a temática desta sétima edição do evento “Lead the co-era” (liderança na era da cocriação e colaboração), fiquei refletindo sobre como este conceito tem evoluído ao longo do tempo. O que me levou a pensar que, talvez seja isso o que diferencie um empreendedor de um empresário.

O empreendedorismo de hoje requer parceria, colaboração, coparticipação, networking e, muito, mas muito suor e dedicação.

Houve um tempo no qual a pessoa que trabalhava por conta própria ou era dona de um negócio se auto-denominava “empresária”. O fato de ser “empreendedor” ou “empresário” não diferencia a necessidade de esforço para o sucesso.

Busquei conceitos para basear meu artigo, separei alguns, mas não encontrei a resposta final.

Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação complicada. Um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes relacionado com a  criação de empresas ou produtos novos. Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo.

Empresário é a denominação daquele que dirige um empresa – que pode ser pessoa física (empresário individual) ou jurídica (sociedade empresária). Os sócios da sociedade empresária são empreendedores ou investidores, de acordo com a colaboração dada à sociedade.

Para ser bem sincera, até no quesito de conceito, o empreendedorismo é mais simples de compreender.

Estava conversando com um profissional dia desses e ele me relatou que, após 20 anos trabalhando na mesma área da mesma empresa, ele agora quer “empreender”. Interessante esse fato. Antes, pouco ouvia-se “quero empresariar”, não é?.

Sugeri a ele que iniciasse seu auto-aprendizado aplicando o empreendedorismo corporativo, o que significa transformar sua atitude e começar a empreender mesmo no âmbito organizacional.

Empreendedorismo corporativo significa aplicar a atitude de empreendedor no âmbito corporativo, ou empresarial. A presença de empreendedores, em especial nas empresas inovadoras, é muito bem vista, pois oxigena o ambiente, estimula a criatividade e potencializa os resultados.

Em seguida, apresentei outra sugestão. Seja um empreendedor social, ou seja, busque direcionar sua energia, foco e ações para um projeto que vise a gerar um impacto positivo na sociedade. Diferente da primeira opção, o empreendedorismo social tem por objetivo pensar em soluções que tragam melhoria para a sociedade em detrimento à soluções que busquem a lucratividade.

“Você me conhece há um certo tempo e sabe que sou mais pragmático do que altruísta”, disse meu amigo. “Gostei da sugestão de ‘treinar a arte de empreender’ no meu atual emprego”, completou ele.

Já que ele havia iniciado a conversa e solicitado opinião, me senti no direito de continuar e lhe passei as principais características de um empreendedor.

Características de um empreendedor

Após me agradecer, ao final do nosso papo, meu amigo ainda disse:

“Olha só, ao ouvir todas as características de um empreendedor, senti que nasci pra isso. Nunca havia parado para pensar, mas essa coisa de empreender está na minha veia. No meu sangue. Afinal de contas, sou filho de empresário”.

Isso só ressaltou a dúvida que já existia; empreendedor ou empresário? Qual a diferença?

Obrigada pela leitura e até a próxima. Abraços. Luciane Borges

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