Fiquei impressionada com o resultado da pesquisa da pesquisa Carreira dos Sonhos, realizada pela DMRH e CIA de Talentos com mais de meio milhão de brasileiros, desde jovens no início de carreira, média gestão e alta liderança.

Após quinze anos de pesquisa buscando entender a cabeça e as aspirações de mais de meio milhão de profissionais, o foco ganhou amplitude; e busca conhecer também os sonhos, desejos e planos dos profissionais no início de carreira até a alta liderança. Conteúdo riquíssimo, com insights significativos para qualquer pessoa que lida com pessoas & carreira.  Tanto que neste artigo vou me ater aos jovens que estão iniciando suas jornadas.

Como é costumeiro de minha parte, gosto de adicionar aos textos pitadas de acontecimentos do cotidiano. Logo após devorar os dados surpreendentes da pesquisa “Carreira dos Sonhos” estava eu conversando com meu sobrinho, que está prestes à entrar na universidade, quando o questionei sobre o caminho que pretende seguir. Ele disse que quer ser biólogo. Foi quando aprofundei a investigação: “Guga, mas este é o seu propósito de vida, é sua aspiração ou somente uma carreira?”.

Pergunta um tanto quanto complexa para um rapaz de dezessete anos, e que foi respondida com outra pergunta: “como assim propósito tia Lu?”.

Para continuar a reflexão, tirei como base um das melhores questões (no meu ponto de vista) da pesquisa citada: “se dinheiro não fosse uma preocupação…”. 35% dos jovens responderam ‘trabalharia com o que gosta’. Ainda acrescentei com um pouco de teoria: segundo o dicionário Aurélio, no contexto da conversa, propósito significa desígnio; forte vontade de realizar e/ou alcançar alguma coisa; o que se quer fazer; aquilo que se tem intenção de realizar.

“Ah Tia Lu, então é esse mesmo o meu propósito, minha paixão, o que quero fazer a vida toda; ser biólogo e cuidar de animais”, respondeu Gustavo.

Espero, realmente, que ele consiga, porque ainda com base nos dados, se dinheiro não fosse uma preocupação 41% dos respondentes disseram ‘viajaria mais’, e ’38% estudaria mais’.

Na minha época de faculdade, minha aspiração era “trabalhar na ‘firma’ e alcançar um cargo de liderança. E eu consegui!!!!

Vejo que isso mudou um pouco, pois o percentual de respostas para ‘negócio próprio’ é o mesmo para ‘cargo de liderança’; 37%.

Aliás, a pesquisa ainda aponta que “quatro a cada dez brasileiros estão envolvidos em negócio próprio”, e enfatiza que: entre 70% e 80% consideram ‘gerir próprio negócio como opção de carreira’; ‘valorizam o sucesso dos empreendedores’; e acompanham na mídia histórias de empreendedores de sucesso’.

Interessante demais quando conectamos os pontos de informações da mídia. Ontem mesmo, a Fundação Estudar, em comemoração ao seu aniversário de 25 anos, entrevistou o Jorge Paulo Lemann, considerado o empresário mais rico do Brasil. A entrevista completa é sensacional, mas a resposta dele à pergunta ‘de onde vem a inspiração’ é imperdível. Ele afirmou que “está sempre tentando aprender”, e relatou que inspirava-se em pessoas de sucesso do exterior (fonte: Exame.com)

O que converge com dados da pesquisa, os quais demonstram o valor de líderes inspiradores para a construção da carreira, trazendo nomes dos mais seguidos no âmbito local e mundial. Claro, o nome Jorge Paulo Lemann consta em ambas as listas.

Seguindo o conceito de crenças e valores no ambiente corporativo, é inegável a sutileza das palavras que traduzem inovação e qualidade:

Inegável também, minha alegria ao deparar-me com o trecho que reforça a atuação responsável das empresas, diante da crescente valorização do compromisso com a sustentabilidade.

Encerro esse texto com a mágica citação de Bruce Mau, empreendedor e designer:

“Agora que nós podemos fazer qualquer coisa, o que vamos fazer?”.

Obrigada pela leitura e até a próxima.  Luciane Borges

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