Fiquei perplexa ao ser questionada por um cliente sobre esta façanha. Mais chocada ainda ao constatar que ele trabalha em uma empresa multinacional, com mais de duzentos e sessenta mil funcionários ao redor do mundo e listada na Forbes, como uma das melhores empregadoras. Ui. Essa doeu!!

Segundo relatos, um determinado diretor designou um funcionário para ficar o dia todo ‘vigiando’ a atuação dos funcionários na rede LinkedIn. Isso mesmo que você leu. Alguém recebe salário, benefícios e bônus da companhia, para ficar bisbilhotando a atuação dos funcionários na rede LinkedIn.

Talvez eu tenha ficado de ‘queixo’ caído por ainda acreditar na liberdade do ser humano de ir e vir, na efetiva gestão participativa, nas inovadoras estratégias para atração e retenção de talentos, sobre as quais tanto ouvimos falar – as quais, obviamente, não são práticas desta determinada empresa.

Assim como esta pessoa, sei que milhares de profissionais (infelizmente) acabam se sentindo desconfortáveis ao usar a rede Linkedin como ferramenta para busca ou troca de emprego.

Dito e feito. Em todas as minhas palestras e workshops, sempre surge a questão sobre “o pessoal de RH notar que estou usando mais o meu LinkedIn”.

Como ser público de maneira privada

Meu primeiro emprego eu consegui me candidatando a vagas divulgadas em jornal. Jornal em punho, checava a editoria de emprego, circulava as vagas do meu interesse ou área de atuação com marcador de texto, imprimia meu CV, colocava dentro de um envelope de papel pardo (dependendo da sua idade, você talvez tenha que buscar no google o que é isso), colava o selo na parte externa e depositava na caixa do correio.

Buscar emprego é chato e trabalhoso, mas acredite, antes da internet já foi mais trabalhoso ainda!!!

Com o avanço da tecnologia e as facilidades que ganhamos nas últimas décadas – por conta da internet, imprimiu agilidade ao processo todo. Pesquisas revelam que cerca de 95% dos recrutadores utilizam redes sociais (em especial a rede LinkedIn) para encontrar candidatos.

Muito provavelmente, seu próximo emprego virá de um contato inicial gerado por alguém que viu seu perfil online.

Te convido a ler este artigo 5 vídeos que você deve assistir se estiver procurando emprego. Pode te ajudar de várias maneiras.

Primeiramente, privacidade é quase que artigo de luxo hoje em dia. Com o poder de rastreamento da tecnologia, eu diria ser quase impossível atuar nas redes sociais no modo invisível. Redes Sociais, e-mails, sites de busca, transações online – tudo tão interconectado de tal forma onde a privacidade é quase que inexistente.

Sim, é bastante prudente para quem está empregado que a busca por uma nova colocação no mercado de trabalho traga como resultado apenas um novo emprego.

Enquanto a nova oportunidade não aparece, muito cuidado é necessário para não alertar o atual chefe ou gerar qualquer tipo de indisposição na empresa.

Separei algumas ações e formatos possíveis para que um profissional busque emprego via LinkedIn, sem alertar seu chefe ou algum colega de trabalho.

#1. Amplie suas atividades gradualmente

De uma hora para outra começar a curtir ou comentar postagens e compartilhar conteúdos excessivamente, não se engane achando que ninguém notará. Ampliar suas atividades o ajuda a ganhar destaque, mas faço isso baseado em um plano gradativo, de forma que atraia menos atenção de seus colegas de trabalho.

Toda sua movimentação fica registrada no feed de notícias do perfil e pode ser visualizada por qualquer pessoa que o visitar.

# 2. Não notifique sua rede sobre atualizações no perfil

Pode parecer básico, porém é mais comum do que imaginamos e muitas vezes nem mesmo era a intenção da pessoa. O primeiro passo para buscar emprego via LinkedIn é atualizar o perfil – o que é fundamental, mas talvez não seja de conhecimento de todos a existência da funcionalidade de ‘não notificar a rede sobre a alteração’.

Quando alterar algo em seu perfil, antes de clicar em salvar alterações, certifique-se de selecionar a opção ‘não notificar a sua rede’. Este botão localiza-se no rodapé da caixa de alteração, no módulo edição de perfil.

#3. Curtir e Compartilhar Vagas

Dito e feito. Quando visito algum perfil e avalio a quantidade de conteúdo de vagas que a pessoa está curtindo ou compartilhando, torna-se óbvio que a pessoa está buscando emprego (salvo profissionais que trabalham na área de recolocação).

Só uma dica: quem procura candidatos, não procura vagas. Portanto, ficar curtindo todas as vagas não vai, necessariamente, chamar a atenção de recrutadores. Clique aqui para assistir ao vídeo ‘como me aproximar dos recrutadores na rede Linkedin’.  

#4. Seguir muitos grupos de vagas

Sem dúvida alguma, participar de grupos de discussão no Linkedin é uma estratégia mega-blaster.

Recrutadores investem tempo garimpando talentos nos grupos. Eles examinam as interações, comentários e discussões e observam quem contribui ativamente, fazendo perguntas inteligentes, ou até mesmo quem publica conteúdo relevante e de interesse dos integrantes do grupo.

Agora, se nas áreas de interesse do perfil só tem grupo de vagas, é meio que óbvio que a pessoa esteja buscando vagas. Claro que eu teria uma sugestão de artigo sobre este tema, rsrs. Saiba mais no artigo ‘Participar de Grupos no LinkedIn pode ser o diferencial para ganhar destaque na rede’.

5#. Adicionar um grande número de conexões

No seu perfil é possível visualizar o número de conexões. Saltar de 400 para 1500 conexões em um curto espaço de tempo, é sinal de algo, não? Inicie com uma abordagem mais moderada, convidando pessoas-chave, as quais você considera mais propensas a o ajudar em sua busca.

Advinha só. Aqui vai um link para o vídeo ‘saiba mais sobre os níveis de conexão da sua rede’.

Qual um bom caminho a seguir…

Evite a adoção repentina de hábitos incomuns. Qualquer mudança radical chama a atenção das pessoas. Suponhamos que você nunca tenha publicado artigos e começa a fazê-lo diariamente, e ainda por cima faz postagens constantes no feed de notícias.

Estes passos demonstram um novo padrão que pode ser percebido como indicador de que ‘ele (a) vai nos deixar’.

Luciane, você mesma diz que é necessário atuar diariamente? E é mesmo. Uma sugestão para driblar este paradoxo seria buscar dentro de sua empresa informações e conteúdo, para compartilhar na rede.

Ou até mesmo escrever sobre casos de sucesso da própria empresa (antes disso, verifique com a área de compliance o que pode ou não ser divulgado).

Assim, além de reforçar sua marca pessoal ainda reforça a marca corporativa, e pode até acabar ganhando pontos com o pessoal de recursos humanos e marketing do atual empregador. De repente, pode até se tornar um influenciador na sua rede.

E como não poderia deixar de ser, leia também o artigo ‘Gere exposição e destaque com suas palavras’.

Enfim, é bem possível e prudente, procurar emprego via Linkedin sem chamar a atenção do atual empregador. Espero ter ajudado.

Obrigada por sua leitura e até a próxima.

Luciane Borges

Fonte imagens : google image e dicasdeingles.com

Geminiana idealista, apaixonada por aprender e ensinar, fissurada pelo poder das redes sociais, sou executiva de comunicação, relações públicas, estrategista de mídias sociais, e palestrante, com MBA em Comunicação Corporativa pela Fundação Getúlio Vargas.

Após atuar por mais de 20 anos em multinacionais dos segmentos B2B e B2C, desenvolvendo projetos para construção de reputação e consolidação da marca, resolvi inovar na carreira, mergulhando no universo digital.

Hoje, assessoro profissionais e empresas a construírem e fortalecerem reputação digital, por meio de posicionamento estratégico nas redes sociais profissionais. Idealizadora da BeIn Digital, ministro cursos online sobre LinkedIn, sou palestrante sobre o tema e conduzo workshops – visando à ensinar os profissionais a explorarem tudo o que o LinkedIn oferece.

Visite o meu perfil e visualize minhas publicações

Convido-o a visualizar meu canal no youtube e assistir a todos os vídeos da série: Como Destacar o seu Perfil no LinkedIn.

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