Esta é a típica conversa que ocorre na copa ou canto do café de grande parte das organizações. Muito mais frequente há alguns anos, mas que ainda é dita num tom de voz baixinho (quase que sussurrado) por pessoas as quais ainda veem o LinkedIn somente como uma plataforma online para busca de emprego.
Quem já assimilou e compreendeu o universo de possibilidades que a maior rede profissional da internet oferece para o desenvolvimento de carreira ou de negócios, entende que, muito provavelmente, seu presidente está no LinkedIn por outras razões.
Por mais incrível que pareça, atuar nas redes sociais ainda é algo desconhecido até mesmo para executivos em altos cargos nas empresas. Pesquisa realizada pelo portal CEO com seu estudo Social CEO Report apontou que 61% dos CEOs das 500 empresas da Fortune estão ausentes de qualquer rede social.
Mesmo sem presença nas redes sociais, 41% dos CEOs entrevistados tiveram o nome citado no Youtube, e que 70% dos CEOS que atuam nas redes possuem perfil apenas no LinkedIn.
Muito embora os dados sejam do mercado norte-americano, em terras brasileiras a tendência segue a mesma linha. Com o programa LinkedIn Executive Mentoring tenho assessorado C-levels (Presidentes, Vice-Presidentes e Diretores) de vários segmentos e portes de empresa e, invariavelmente, o receio de exposição equivocada permeia a lista de preocupações de Executivos quando se decidem por aderir às redes sociais.
Em uma das empresas nas quais trabalhei, tive a chance e o desafio de assessorar o Presidente no programa “Café com o Presidente”. Expatriado e com foco em gerar resultados por meio da gestão diferenciada, ele queria estar próximo das pessoas – o que fez com que atendesse à 36 compromissos anuais para, literalmente, tomar café com todos os funcionários da empresa.
Como acompanhei todos os encontros, lembro-me de ocasiões onde funcionários declararam ter passado o final de semana ansiosos e emocionados, pelo simples fato de poder conversar com a pessoa que ocupava o cargo mais alto da empresa.
Na época Facebook estava sendo lançado, LinkedIn ainda se posicionava com uma plataforma para CV online e não tínhamos smarthphone. Mas a necessidade das pessoas era a mesma.
Mais de uma década se passou e com ela houve uma completa ruptura na forma como pessoas e marcas lidam com seus públicos.
Hoje, mais do que nunca e independente do cargo, qualquer membro parte de uma organização pode ser um embaixador da marca. Pode representar uma empresa no mundo online.
Uma das principais vantagens que vejo para um C-level que cultiva a sua reputação digital, em especial no LinkedIn, é a humanização da sua persona, seja diante de funcionários, parceiros, fornecedores e o público em geral.
Semana passada um exemplo emblemático dessa humanização cruzou o feed de notícias do meu perfil. Quando li aquele post fiquei arrepiada e emocionada, seja pelo conteúdo da mensagem quanto pelo emissor.
Dias depois me deparo com a repercussão que as palavras daquele Presidente surtiram. Seu post vitalizou e virou pauta de mídias consolidadas no país e no mundo.
Prova concreta da influência que um executivo pode alcançar com algumas palavras escritas no feed de notícias de seu perfil. E detalhe, gratuitamente.
Particularmente, sou fâ de carteirinha do Paul Polman, CEO da Unilever, suas publicações fortalecem pilares do posicionamento da marca. Além de reconhecer equipes do mundo todo.
Mas não é só no estrangeiro que estão meus admiráveis CEOs. Philippe Jouvelot, Presidente da AXA Brasil, é outro executivo que atua brilhantemente,seja para falar da empresa, de vagas ou sobre eventos do setor nos quais a empresa está participando.
Hoje mesmo me deparei com uma postagem da simpática e, sempre sorridente, Ana Theresa Borsari, Diretora Geral da Peugeot no Brasil, dividindo com a sua rede a inauguração de uma nova concessionária no interior de São Paulo, e ainda por cima reforçando a campanha #acelerapeugeot.
David Feffer, Presidente do Grupo Suzano, tem se posicionado de uma maneira impar, com foco na divulgação de ações sustentáveis, tecnologia e inovação.
Estes executivos estão quebrando paradigmas no que tange à presença e atuação no LinkedIn. E isso é sensacional. Deixam de ser figuras distantes trancafiadas nas suntuosas salas de escritório, para se aproximar de seus públicos e interagir com eles.
Com tudo isso, constroem forte reputação digital, reforçam atributos da marca, conversam com clientes e funcionários e, contribuem para a construção de uma marca empregadora. Precisa falar mais?.
Da próxima vez que vir seu presidente no LinkedIn, que tal começar a seguí-lo para estar cada vez mais próximo do ser humano por trás do cargo mais alto da empresa?.
Se tiver outros exemplos para agregar, fique super à vontade para dividir conosco, postando nos comentários. Se gostou, compartilhe com a sua rede.
Obrigada. Até a próxima.
Luciane Borges
Sobre mim – Apaixonada por comunicação e redes sociais, vidrada na rede LinkedIn, palestrante, idealizadora da Be In Digital e colunista nas revistas A Empreendedora e Café com Empreendedorismo para Mulheres.
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